Capítulo 38 – Sublevar
– Ela não está atendendo, deixa pra lá. – Theo largou o aparelho ao lado e voltou a se exercitar, agora com mais velocidade.
– Você vai machucar a perna se continuar nesse ritmo. – Meg a repreendeu.
– Eu estou de saco cheio de vocês bancando minhas mães.
– Hey, não desconte em mim.
– Desculpe. – Diminuiu o ritmo do exercício. – Sabe, essa noite tive uns sonhos ruins, acordei me sentindo estranha… Não estou num dia bom.
– Quer sedação?
– Não, quero que Sam chegue logo. – Parou o exercício, tomou uma toalha enxugando o rosto e a nuca.
– Está com maus pressentimentos?
– Estou. Essa intimidade entre Sam e Claire está me incomodando, eu não sei direito o que é.
– Deve ser sua insegurança aflorando, é normal sentir um pouco de ciúmes.
– Tem algo no jeito em que Claire olha para Sam que eu não gosto.
– Mas não se preocupe com essas coisas agora, daqui pouco Sam estará em casa e bem perto dos seus olhos.
– Eu sei… – Theo franziu a testa. – Onde Sam está?
– Em Cuba, foi a trabalho, lembra?
– Desculpe, deu um branco…
Em Cuba.
– Também se rendeu a esta porção exclusiva de mar? – Sam brincou ao ver Claire dentro da piscina.
– Estava tudo tão convidativo.
Minutos depois dois drinques vieram, e elas brindaram ainda dentro da água.
– A esse mar maravilhoso. – Sam disse estendendo a taça.
– Não, vamos brindar a nós, e a nossa parceria na Archer.
– Ãhn… Ok, a nós!
Após o brinde, Sam nadou por um tempo, matando a saudade dos tempos de natação no exército. Mais alguns drinques, e Sam recostou na borda, cansada.
Claire veio devagar pela água, na direção da soldado, nadando sem pressa.
– Cansada? – Claire perguntou ao se aproximar de Sam a assustando, estava de cabeça erguida e olhos fechados.
– Estou, estou sim, não vejo a hora de deitar na minha cama.
– Não gostou da cama do hotel? – Claire perguntou num tom baixo e provocativo, com o corpo próximo do de Sam.
– Não existe melhor cama que a minha, por simplesmente ser a minha cama. E claro, por também ter minha namorada nela.
– Tente esquecer Theo por um minuto.
– Por que?
Claire apoiou a mão direita na borda da piscina seminatural e seguiu com determinação na direção de Sam, no intuito de beijá-la. Sam desviou, com surpresa.
– O que você está fazendo, Claire? – Sam perguntou num tom compreensivo, com a voz baixa.
– Me desculpe… – A executiva moveu a cabeça de forma envergonhada, cabisbaixa. – Eu achei que… Mil desculpas, Sam.
– Eu dei a entender algo? – Sam perguntou, confusa.
– Mais ou menos… – Claire a encarou. – Achei que você também quisesse.
– Então foi sem querer, você sabe que estou feliz com Theo, eu não me envolveria com outra pessoa. – Sam esticou os braços sobre a borda.
– Pensei que talvez vocês tivessem um relacionamento aberto, devido às limitações de Theo.
Sam a fitou de testa franzida.
– Não, nosso relacionamento é totalmente fechado.
– Ok, eu estou me sentindo péssima… Me desculpe, por favor. – Disse sem jeito.
– Está tudo bem, acho que tivemos um problema de comunicação.
– Eu estou sempre dando esses foras. – Claire disse com um sorriso envergonhado.
– Agora estamos esclarecidas, relaxe.
– Mais um drinque?
– Não, por hoje está de bom tamanho, acho que deveríamos voltar para o hotel, o voo é dentro de três horas.
***
Para surpresa de Sam, Theo a aguardava na sala vip de desembarque do aeroporto na noite daquele longo dia. Claire parecia mais quieta do que de costume, o que não passou desapercebido.
Mais tarde, após a janta, o casal se distraia em frente à enorme tela da sala de mídia, Sam beliscava numa caixa de bombons, Theo repousava em seu colo.
– Claire estava estranha ou foi impressão minha? – Theo entrou no assunto.
– Não percebi nada.
– Ela mal murmurou um boa noite para dentro, Claire costuma ser mais tagarela.
– Deve ter sido o cansaço da viagem.
Theo ergueu-se de seu colo, e tomou o bombom que Sam levava até a boca.
– Hey, esse é meu! – Sam contestou.
– Sam, você namora com uma pessoa que capta as coisas no ar, já deveria ter aprendido isso. O que aconteceu entre vocês?
– Se eu contar você devolve o chocolate?
– Devolvo. Vocês brigaram?
– Não, ela tentou me beijar hoje à tarde, na piscina natural.
Theo arqueou as sobrancelhas, surpresa.
– Tentou e?
– Eu não a beijei, eu desviei.
– E depois? Ela ficou possessa com a negativa?
– Não, ela pediu desculpas, ela estava interpretando sinais de forma errônea, esclarecemos isso e tudo se resolveu.
– Então hoje no aeroporto, aquela era uma Claire humilhada pelo fora levado? Silenciosa?
– Talvez um pouco envergonhada ainda, eu não sei até que ponto ela criou alguma fantasia comigo, ou sentimentos.
Theo fitou o bombom em sua mão, e o abocanhou.
– Esse era meu, era o último bombom de nozes.
– Isso não está me cheirando nada bem. – Theo resmungou de boca cheia.
– Já resolvemos, expliquei que estou num relacionamento fechado, que se ela enxergou alguma abertura, foi equivocado. Está tudo em pratos limpos agora.
– Ela não vai desistir assim fácil, conheço Claire, ela vai continuar no páreo.
– Até cansar, porque estará dando murros em ponta de faca.
– Fique alerta, tá bom?
– Ficarei. E você comeu meu bombom.
– Depois compro mais destes bombons para você. – Theo disse e voltou a deitar sobre as pernas dela.
– Eram cubanos, grand cru, não tem aqui.
– Para quem jantava barra de proteína de um dólar, você anda bem sofisticada, não acha? – Theo zombou.
***
Na sexta de manhã Sam lia um livro na sacada da suíte, quando sua leitura foi interrompida por Theo arrastando uma pequena mala dourada porta do quarto adentro.
– Vai viajar? – Sam disse já de pé escorada na porta da sacada.
– Não, fui resgatar essa mala na garagem onde atocharam minhas coisas.
– E pelo visto está cheia de alguma coisa.
– Está sim. – Theo levou com dificuldade até o closet, a muleta atrapalhava.
– O que tem aí dentro?
Theo terminou de guardar a mala rígida e surgiu na porta do closet, suada e ofegante.
– Não é da sua conta. – Riu, e entrou no banheiro.
Sam foi até o banheiro, onde Theo já tirava as roupas para tomar um banho.
– Tem um corpo ali dentro?
– Não, todos os corpos estão enterrados ao lado da quadra de tênis.
– Que corpos? – Sam perguntou assustada.
– Não sei, você que perguntou primeiro.
– É algo para o casamento amanhã? Um presente para as noivas?
– Não, é um presente para você. Agora me dê licença, preciso de um banho.
A tarde Sam deu uma passada na Archer, trabalhou um par de horas e retornou à tardinha para casa.
– Viu Theo? – Sam perguntou para Meg após procurá-la no quarto e na sala de mídia.
– Subiu para o escritório, disse que queria conhecer o coração azul. Eu não entendi foi nada.
Sam riu e subiu para o escritório. Abriu a porta ainda ostentando um leve sorriso, que foi desfeito assim que viu Theo sentada atrás da mesa, lendo compenetrada um pedaço de papel sujo de sangue.
Aproximou-se com passos cuidadosos, Theo deu uma olhadela rápida para Sam, notadamente tentava disfarçar o semblante transtornado.
– Então você encontrou a carta. – Sam disse após sentar-se na cadeira em frente.
Theo baixou o papel sobre a mesa, pousou sua mão mecânica sobre a carta, e suspirou profundamente já fitando Sam.
– Não sabia que ela estava aqui, achei que pertencia aos autos do processo.
– Me entregaram a original alguns dias depois. Desculpe, eu deveria ter avisado que estava no cofre.
Theo juntou as mãos em frente ao rosto, apoiando o queixo no entrelaço dos dedos. Teve um momento reflexivo antes de falar.
– O que você pensou quando leu essa carta pela primeira vez?
– É uma carta de suicídio, Theo. Eu xinguei muito você enquanto lia.
Theo lançou um sorriso quebrado, triste.
– Até então você já havia se dado conta do que eu estava tentando fazer?
– Não, eu não estava raciocinando, eu só conseguia pensar em você numa sala de cirurgia, em algum médico surgindo e me contando o que estava acontecendo. Eu só queria saber se você estava viva.
– Você sabe quando escrevi isso?
– Naquele dia em que dormimos num hospital abandonado, eu acordei e você estava dentro do carro, com os olhos vermelhos. Ingenuamente acreditei que você estava apenas procurando biscoitos.
Theo apenas assentiu com a cabeça.
– Você planejou. E eu não suspeitei um segundo sequer do que você estava planejando.
– Essa era a ideia. – Theo tomou o papel em mãos, como se relendo tudo rapidamente. – Para quem não estava enxergando, até que ficou legível. Na verdade está melhor que a sua letra.
Sam sorriu de forma abafada, levantou-se e foi até o outro lado da mesa, deu um afago e um beijo demorado no rosto dela, ainda de pé.
– Graças a Deus essa carta não se concretizou, você está aqui bem viva, zombando da minha caligrafia.
– Mas sua letra realmente é feia. – Theo brincou, olhando para cima.
– Já viu o coração azul?
– Não, eu fiquei um pouco atordoada quando vi a carta.
Sam foi até o cofre na parede e trouxe o coração mecânico, a maior parte dele era num tom azul claro. O entregou para Theo, que o examinou calmamente, com curiosidade.
– Tão bonito, uma pena que tinha prazo de validade. – Comentou.
– Me serviu por três anos, mas me sinto mais tranquila com um coração de verdade agora.
– Tomara que seja um coração forte e longevo.
– Não o maltrate, ok?
– Eu não faria isso. – Theo girou o coração e dele caiu uma pequena peça plástica. – O que é isso?
– Algo que precisa continuar escondido, coloque de volta.
– Mas o que é?
– Quando estive na Ilha das Peças buscando o DNA daquela menina, eu encontrei essa flash dentro do mesmo cofre onde estava o corpo.
Theo a fitou assustada.
– O que tem aqui?
– Eu dei uma olhada rápida, me parecem dados do projeto dos clones.
– Tem algo relevante para nós?
– Eu não sei, como lhe disse, olhei rapidamente. Mas me pareceu apenas um amontoado de planilhas.
– Isso precisa ficar escondido para sempre, Sam.
– Eu sei, por isso guardei aqui, e encaixei dentro do coração.
Theo olhou pensativa para a flash em sua mão, e colocou de volta de onde havia caído.
– Nunca conte sobre isso para ninguém.
– Letícia sabe, ela estava comigo.
– Para ninguém além de Letícia.
***
O dia 21 de dezembro chegou, após uma cerimônia num templo budista, uma grande festa foi celebrada. O espaço onde a festa acontecia ficava numa cidade mais ao interior, havia um lago e um deque em frente ao grande salão rodeado de paredes de vidro. E ao redor de tudo, grandes pinheiros com pouca vegetação.
Sam, num vestido azul marinho de mangas compridas e com algumas transparências, e Theo, num vestido cor chumbo de alças, que deixava suas costas nuas e os braços coloridos aparentes, eram as madrinhas mais animadas da festa.
O local possuía diversos ambientes, era quase um complexo festivo, e estava cheio de convidados, mais de quinhentos, nas contas de Daniela. Tudo patrocinado por Theo, como presente de casamento.
As noivas também não cabiam em si, ambas em vestidos brancos, mas de modelos diferentes, o de Letícia mais ousado, o de Dani repletos de recortes e detalhes delicados.
O banheiro próximo ao ambiente onde Theo estava com seus amigos estava cheio, ela resolveu caminhar até outro local, onde encontrou o lavatório de três cabines completamente vazio.
– Só para ajudar com a roupa… – Murmurou para si imitando a voz de Sam, zombando da insistência dela para que levasse Meg ao banheiro para auxiliá-la, sendo taxativamente recusada. – Como se eu precisasse de babá para fazer xixi, era só o que faltava…
Entrou numa das cabines, onde após quase vinte minutos de esforços com o vestido, finalmente aliviou-se, já suando. Pousou a mão na tranca, mas parou o movimento ao ver pela fresta da porta uma mulher exuberante retocando o batom em frente ao espelho, de forma concentrada. Era Isadora.
Aguardou que ela saísse do banheiro, e a seguiu de forma discreta, tentando não fazer barulho com sua muleta. Foi até um dos seguranças e pediu um pedaço de papel e caneta. Escreveu um bilhete e subornou um garoto para que o entregasse para a mulher que ela lhe apontou.
– E se ela perguntar quem entregou esse bilhete, você diz que foi uma mulher de vestido azul marinho. – Theo o orientou, lhe presenteando com uma nota de cem.
Theo observou a distância o menino entregando o bilhete a Isadora, que leu e olhou ao redor, com um sorrisinho.
“Você tinha razão, preciso de sexo de verdade. Me encontre no deque dos fundos. Sam.” Dizia o bilhete.
– Theo, por que a demora? – Meg disse lhe tocando o ombro e assustando.
– Shhhhh! Estou no meio de algo importante. – Disse escondida atrás de uma parede.
– O que você está aprontando?
– Vingança.
– De quem?
– Escute, você não vai me impedir de prosseguir com meu plano, então já que está aqui, vai me ajudar. Suba no mezanino e siga para a parte de trás, fique de olho no que vai acontecer no deque, se algo acontecer comigo, chame os seguranças. Ou uma ambulância.
– Eu não vou deixar você se meter em enrascada alguma. – Meg disse, com suas gordas bochechas rosadas.
– Eu sei o que estou fazendo, você pode fazer o que pedi?
– Vou falar com a Samantha.
– Não! Não a envolva nisso. Droga, ela já está indo para lá, preciso ir, Meg.
– Para onde?
– Eu vou para o deque traseiro, você vai subir e observar. Tome. – Theo lhe entregou sua pequena bolsa.
– Isso não está me cheirando nada bem…
– Vá. – Theo ordenou e seguiu para o deque por outra saída.
Espiou por alguns minutos Isadora recostada no parapeito de madeira, parecia inquieta, usava um vestido amarelo claro. Theo voltou a suar.
Respirou fundo e caminhou com bastante lentidão com sua muleta, tateando o parapeito, fingindo ainda não enxergar. Isadora acompanhava em silêncio a vinda de Theo, sem reação, apenas a fitando apavorada.
– Olá, tem alguém aqui? – Theo perguntou, tateando o ar a sua frente com a mão direita.
Não obteve resposta.
– Tem alguém aí? Preciso de uma ajuda. – Theo insistiu, e ergueu a muleta no ar, acertando o braço de Isadora.
– Ai!
– Eu sabia que tinha alguém aí.
Isadora deu alguns passos para trás, Theo se movimentou de forma ágil, e impediu que ela fugisse, lhe travando os passos com a muleta em suas pernas, a derrubando no chão.
– Você está enxergando?? – Isadora indagou surpresa, se rastejando de costas.
– Eu enxergo uma vagabunda a quilômetros de distância.
– Theo, se você não me deixar sair daqui, eu vou chamar os seguranças, eu faço um escândalo. – Isadora disse nervosamente, com Theo se aproximando a medida que ela se rastejava para trás.
– Fique à vontade.
– Aquilo tudo foi um grande equívoco!
– Você quase me matou.
– Por culpa sua! Poderia ter liberado a Sam para mim e evitado tudo.
– Um pedido de desculpas seria um bom começo, Isadora.
– Saia de perto de mim! – Isadora ergueu-se do chão.
Tomada por imensa ira, Theo investiu na direção dela, a empurrando com energia pelos ombros, a derrubando por cima do parapeito. Isadora caiu no lago raso e lamacento que havia ali.
– Socorro! – Gritava Isadora caída de quatro, enquanto afundava na lama em suas tentativas de levantar-se.
Theo ajeitou o vestido, retomou a muleta, e assistiu um pouco da cena degradante, com um sorriso vitorioso e respirando rapidamente.
– Chame alguém para me ajudar a sair daqui! – Isadora insistia, já inteiramente enlameada.
– Eu? Por que eu faria isso?
– Você me paga!
– Eu não queria te atirar nesse adorável lago, foi tudo um grande equívoco. – Theo falou já fazendo menção de retirar-se dali.
– Volte aqui! Preciso de ajuda!
– Eu sei que você consegue se virar sozinha.
– Isso vai ter volta, sua imprestável!
– Que ironia, você veio aqui achando que ia comer minha mulher, e acabou comendo lama. – Theo sorriu e saiu andando de volta ao interior da festa, no caminho encontrou um segurança e deu a ordem de expulsarem a mulher que estava no lago.
Já se aproximando do grupo de amigos, o qual Sam fazia parte e conversava com Maritza, Theo foi abordada por Meg.
– Quem era essa mulher? – Meg perguntou assustada.
– Aquela que quase me matou na casa de praia, lembra que te contei sobre Isadora?
– Aquela mulher na lama era a tal Isadora?
– Sim.
– Menina, se você tivesse me falado eu teria amarrado uns tijolos nela antes de você atirá-la no lago.
– Eu precisava fazer isso sozinha, mas obrigada, Tia Meg.
– Filmei tudo com seu comunicador.
– Ótimo, obrigada. – Theo lhe beijou na bochecha.
– Mas na próxima me chame.
Theo apenas riu, chegou ao grupo e enlaçou Sam pela cintura.
– Oi, linda.
– Por onde você andou? Está suada. – Sam perguntou, ao receber beijos no pescoço.
– Fui resolver uma pendência do passado.
– Que pendência? – Sam virou-se de frente.
– Algo que ficou inacabado.
– Sobre o que?
Alguns gritos distantes foram ouvidos, chamando a atenção de boa parte dos convidados. Isadora, com lama dos pés à cabeça, era conduzida pelos braços e contra sua vontade por dois seguranças.
– Essa mulher… Ela parece… – Sam se dava conta.
– Isadora. – Letícia a reconheceu, atônita.
– Isadora estava aqui?? – Dani perguntou.
– Você a convidou? – Sam a questionou.
– Claro que não! Ela deve ter vindo de penetra, com algum amigo nosso que não sabe o que ela aprontou na praia.
– E o que raios aconteceu com ela? Caiu em alguma poça de lama? – Letícia disse.
– Pelo visto sim.
– Eu vou lá verificar isso. – Letícia decidiu.
– Não, não vá, amor. – Dani pediu. – Os seguranças já estão resolvendo, não vamos estragar a festa por conta dessa mulher.
– Eu vou lá dizer uns bons desaforos. – Sam disse.
– Não, você vai ficar aqui. – Theo a segurou pelo braço.
– Ela quase te matou! Eu tenho que ir lá!
– Não tem que ir coisa nenhuma, você vai me acompanhar até o deque da frente, agora.
– Por que?
– Precisamos conversar.
– Agora?
– É.
– Ok.
Sublevar: v.t.d.: mover de baixo para cima; erguer, elevar, sobrelevar.
Tinha me esquecido da miserável isadora ansiosa esperando Elias e Mike se lascarem kkkkk