Capítulo 22 – Lascívia
Cusco era uma cidade de médio porte, por possuir um aeroporto tornara-se porta de entrada para o interior do Peru, e haviam hotéis de todos os tipos e tamanhos. Mike escolheu o mais caro de todos.
– Nossa… – Sam balbuciou ao estacionar o carro já dentro do hotel.
– O que foi?
– É um bom hotel, Mike não deveria esbanjar assim, vou conversar com ele.
– Ele sabe que você tem companhia?
– Sabe, reservou um quarto para você.
– Quanta consideração, o soldadinho de chumbo ganhou pontos comigo.
Sam tomou a mão de Theo para conduzi-la ao elevador da garagem.
– Sua mão está quente, você está com febre de novo, não está? – Deu uma olhada em Theo e percebeu suas bochechas vermelhas.
– Depois você me dá um antitérmico.
– Ok, só para reforçar. – Sam falava nervosamente, suava as mãos. – Cuidado com o que fala na frente dele, Mike se irrita com facilidade, então nunca o retruque. Não faça piadinhas, não fale sobre religião, sexo, serviço militar, e tatuagens. Se ele perguntar algo sobre você, diga que você tem um namorado lhe esperando em San Paolo, mas não prolongue o assunto.
– Só uma dúvida.
Já subiam o elevador.
– Sim?
– Não é melhor eu fazer de conta que, além de cega, sou muda?
– Não brinque com isso.
A porta do elevador se abriu e caminharam até a recepção, havia um balcão alto, caramelo, que fazia um S, com dois funcionários bem arrumados atrás.
– Boa noite, procuro por uma pessoa, Michael Phillips, ou apenas Mike.
– Deve ser aquele moço do outro lado do saguão. – O funcionário apontou com a cabeça na direção de um ambiente com 3 sofás pérolas, do outro lado do saguão de entrada.
Carregando suas próprias bolsas, logo chegaram até o sofá onde Mike aguardava com os cotovelos apoiados nos joelhos.
– Finalmente. – Sam abriu um sorriso, rapidamente o abraçando.
Mike mantinha um porte garboso, mesmo sem os trajes militares era fácil identificá-lo como um soldado. A camisa de flanela xadrez o deixava com os ombros ainda mais largos, o cabelo claro já não era tão curto.
Também com um grande sorriso satisfeito, Mike desprendeu-se do abraço e beijou Sam, que transpassava seus braços pelo pescoço dele, não foi um beijo longo, mas foi com o fervor da saudade.
Theo apenas permanecia ao lado, com o olhar baixo, era a única ali a não ostentar um sorriso.
– Senti tanta saudade… – Sam murmurou, ainda com os braços ao redor do seu noivo.
– Eu também. Desculpe ter demorado tanto, assim que a licença saiu corri para arrumar as malas. – Mike colocava uma mecha de cabelo de Sam para trás da orelha.
– O que importa é que você está aqui comigo agora.
– Você não está mais sozinha, sua busca vai finalmente tomar um rumo. – Mike dizia com convicção.
– Ãhn… – Sam soltou-se, virando-se na direção de Theo. – Mike, essa é a garota que lhe falei, Theo.
– Finalmente conheci o famoso noivo. – Theo sorriu e estendeu a mão, aguardando o cumprimento, que foi sonoramente ignorado por Mike. – É bom saber que você não é uma lenda.
– Prazer em conhecê-la. – Mike respondeu.
– Já jantou? – Sam perguntou.
– Já, enquanto te esperava fui até o restaurante do hotel. Está com fome?
– Sim, não jantamos.
– Vamos subir, lá você pode pedir alguma coisa pelo serviço de quarto. – Mike disse já entregando o cartão de acesso à Sam. – Esse é do quarto dela.
Sam tomou o cartão da mão de Mike e entregou na mão de Theo. – Segure no meu braço. – Sussurrou.
Dentro do elevador, Mike enlaçou Sam pela cintura, lhe roubando outro beijo.
– Não via a hora de ficar a sós com você… – Mike falou com a voz baixa.
Assim que o elevador se abriu, Mike tomou a mão de Sam, já caminhando na direção do quarto deles.
– Espera, preciso levar Theo até o quarto dela.
– Ela se vira. Não se vira, Theo? – Mike perguntou.
– Ãhn… Acho que sim.
– É melhor… – Sam ia dizendo, e foi interrompida por Mike.
– Ela já disse que se vira, vamos.
Theo ouviu a porta do quarto se fechando ao longe, ficou algum tempo de pé, no meio do corredor, segurava o cartão de acesso em uma mão e sua bolsa marrom em outra. O rosto ainda vermelho e quente.
Com o polegar procurou alguma indicação em alto relevo em seu cartão de acesso, algo que dissesse qual seu quarto, mas não havia nada. Ficou ainda mais algum tempo com o olhar perdido à frente, sem saber o que fazer.
Resolveu voltar ao elevador, aproximou-se e tateou a parede até encontrar o botão para chamá-lo. Ouviu o plim da sua chegada, entrou na cabine e procurou o painel com os andares, os botões eram planos, sensíveis ao toque, não havia relevo, apenas braile. Mas ela não sabia ler braile.
De uma das três colunas de botões, apertou o mais abaixo que encontrou, e aguardou chegar ao seu destino, procurava a recepção. A porta se abriu, ela deu alguns passos inseguros à frente, o local era abafado, deu mais alguns passos e percebeu o som de um carro passando à sua frente, estava numa garagem.
Voltou ao elevador, apertou um dos botões inferiores e aguardou o deslocamento. Assim que deu os primeiros passos, percebeu o ambiente abafado novamente, o barulho distante de um carro manobrando, mais uma garagem.
Já com impaciência, apertou novamente um botão abaixo, haviam mais de cem botões e sabia que sua busca seria longa.
A terceira e a quarta tentativa tiveram destinos diferentes: acabou saindo em andares de quartos. Na quinta tentativa, voltou a encontrar uma garagem, retornou para o elevador com passos rápidos e irritados, apertou outro botão e desferiu alguns chutes na parede metálica do elevador.
– Merda!
– Tudo bem, posso pegar o próximo. – Um homem de aproximadamente trinta anos, bem vestido, mas com a gravata desafogada, a fitou assustado, assim que o elevador se abriu e viu Theo ainda chutando o metal.
– Não! Me ajude, eu estou perdida nessa porcaria de elevador. – Theo falava desesperada.
– Perdida?
– Eu não enxergo, não consigo achar o botão certo.
O homem entrou na cabine, e gentilmente ofereceu sua ajuda.
– Qual andar você quer?
– Recepção.
– Vamos lá.
Ao chegarem no andar correto, ele colocou a mão de Theo em seu braço, a levando até o balcão da recepção.
– Essa mocinha precisa de ajuda. – Ele disse, ao seu lado.
– Vocês podem me ajudar a encontrar meu quarto? – Theo ergueu o cartão. – Não enxergo.
– Claro, me desculpe não ter ajudado antes, é que eu vi você em companhia do casal, achei que eles a levariam até seu quarto, mil perdões. – O solícito funcionário já saia detrás do balcão.
– É, eu também achei…
– Não, pode deixar comigo, estou no mesmo andar que você, posso dar uma carona. – O homem de belas curvinhas no rosto disse.
Já no elevador, ele olhava Theo dos pés à cabeça.
– Você ficaria dias tentando, esse hotel tem doze andares de garagens. – Por fim ele disse.
– Um jogo de adivinha bem irritante… – Theo resmungou.
– Bom, se for descer para a recepção novamente, saiba que é o quarto botão, de baixo para cima, da fileira do meio.
– Obrigada. – Theo finalmente abria um sorriso. – Theo, prazer. – Estendeu a mão.
– Sério? Theo de Theodora? – Ele apertou sua mão.
– Sim, por que?
– Prazer, Theodore.
– Você não tá falando sério, está?
– Pode me chamar de Theo também, mas acho melhor Theodore para não nos confundirmos. – Ele riu.
– Ok então, Theodore.
O elevador se abriu e ele a conduzia devagar até seu quarto.
– Aqui, seu quarto é o 4612, saindo do elevador é a sexta porta à sua direita.
– Obrigada pela ajuda, eu estaria igual uma barata perdida por esse hotel até agora se você não tivesse aparecido.
– Não há de quê. Se quiser carona amanhã para o café, estou à disposição.
– Eu agradeço, mas não sei que horas eles descerão para o café, então… Obrigada.
Despediu-se de Theodore e entrou em seu quarto. Era grande, espaçoso, à frente da cama havia uma cadeira e uma pequena bancada.
Procurou a cama, pousando sua bolsa em cima.
– Ok, vamos desbravar o quarto, o banheiro não deve estar longe. – Falou para si, caindo por cima da cadeira.
Após alguns minutos tateando o quarto, paredes, móveis, finalmente achou o banheiro. Lavou o rosto com água fria, sentia a cabeça quente e pesada da febre.
Ainda com o rosto molhado, apoiou as mãos nas laterais da pia, ficando pensativa.
– Que pena… – Murmurou, balançando a cabeça de forma desanimada.
***
– Por que você não cumprimentou Theo? – Sam disse ao entrar no quarto com Mike.
– Eu não encosto em prostitutas.
– Ela não é mais, não trabalha desde o ano passado.
– Isso não a faz menos suja, nunca se sabe que doenças essas mulheres podem passar. – Mike já abria sua mala em cima da mesa.
– Ela… Ela não é suja. – Sam dizia com incômodo.
– Ok, vamos deixar essa menina pra lá, venha aqui. – Mike caminhou até Sam, correndo suas mãos pela cintura dela. – Que bom finalmente ter você nos meus braços.
– Eu estava com tanta saudade… Nem acredito que você veio, amor. – Sam sorriu, o encarando.
– Eu disse que viria… Sou um homem de palavra. – Mike a puxou contra seu corpo, beijando seu pescoço. – Vamos matar essa saudade?
– Uhum… – E Sam o beijou.
Já na cama, Sam o surpreendeu montando em seus quadris, não esquecendo de subir o lençol antes. Mike foi rápido em tirar a própria roupa, a urgência era mútua. Sam queria fazer amor de forma intensa, movia-se como nunca em cima de Mike, o beijava com lascívia. Mas logo Mike girou para cima dela, e a relação foi finalizada em poucos, mas intensos minutos.
De fato ela estava tentando provar algo a si mesma naquela noite.
“É assim que as coisas devem ser.” – Foi o que passou por sua cabeça ao final, mesmo o clímax sendo alcançado apenas por seu noivo.
Mike assistia TV com Sam deitada em seu peito, corria seus dedos em suas costas. Quando deslizou sua mão pela lateral do corpo dela, baixou as sobrancelhas, com confusão.
– O que é isso? – Mike perguntou, levantando o lençol para ver o que seus dedos haviam descoberto.
– Eu ia te contar, mas acabei esquecendo, não é nada de…
Mike a interrompeu, a tirando de cima de si.
– Uma tatuagem?? – Ele fitava atônito o local onde estava a pequena tatuagem, estava agora sentado ao seu lado.
– É um trecho da bíblia, não é nada demais, e é tão pequena. – Sam dizia de forma acuada.
Tentou subir o lençol, para cobrir-se, mas Mike baixou novamente, com violência. Aproximou-se, olhando de perto, boquiaberto.
– Você estava bêbada? Que raios passou pela sua cabeça?
– Não estava bêbada, na verdade eu já vinha amadurecendo essa ideia há algum tempo… – Falava com a voz baixa.
– É daquelas temporárias? Tem como remover?
– Não vou remover, eu gostei, eu fiz porque quis.
– Sem me consultar? Que loucura foi essa?
Sam puxou o lençol com força, se cobrindo.
– Não é nada demais, eu já disse, nesse local ninguém nunca verá, é algo meu.
– Ninguém?? – Mike se exaltava. – Eu vou ter que conviver com esse rabisco no seu corpo para sempre! Como você ousou macular seu próprio corpo? Deus te fez assim, te deu esse templo, e você agradece se riscando?
Sam suspirou com impaciência, enrolou-se no lençol e foi na direção do banheiro.
– Onde você pensa que vai?
– Tomar banho.
– Essa sujeira não sai com água.
Sam parou na porta e virou-se para trás.
– Eu sei que não.
– Quando voltarmos para a Inglaterra vamos procurar alguém para remover isso, ok?
Sam balançou a cabeça contrariada.
– Ok, darei um jeito de remover. Eu… Eu agi por impulso, desculpe.
– E não faça mais esse tipo de coisa, não tome essas decisões sem me consultar.
– Não farei.
– Volte para a cama, quero fazer de novo com você.
– Mais uma vez?
– Sam, estou em abstinência desde o mês passado, minhas necessidades são diferentes das suas.
Sam assentiu com a cabeça, e voltou para a cama.
***
– Não vamos à Salvador. – Mike falava de dentro do banheiro, fazendo a barba, na manhã seguinte.
– Isso já estava decidido há muito tempo, nosso destino agora é Salvador. – Sam terminava de se vestir ao lado da cama.
– Vamos direto para San Paolo, onde fica a sede dessa empresa. É perda de tempo e esforços desviar para a Baia, esse cara não vai acrescentar em nada.
– Igor é um militante ativo, atuante, ele deve ter informações importantes, só perderemos dois dias.
Mike saiu do banheiro sem camisa, enxugando o rosto, já com um semblante irritado.
– Quem enfiou essa ideia inútil na sua cabeça? Aquela garota cega, não foi? Ela que insistiu em ir para a Baia, quer passear pelo litoral nas suas costas.
– Não, decidimos juntas, e ela teria motivos para querer ir diretamente para San Paolo, ela mora lá, mas sabemos que esse cara pode nos ajudar, é melhor chegarmos à San Paolo com informações concretas e atualizadas. – Sam erguia-se, após calçar suas botas.
– Você parece não me ouvir! É tempo perdido, nós vamos diretamente para San Paolo e não tem mais discussão.
Sam sentou-se incomodada na beira da cama, de cabeça baixa, e as mãos apoiadas na borda do colchão. Mike continuou o discurso.
– Meu amor, eu cheguei, estou ao seu lado agora, deixe a parte estratégica comigo, você sabe que sou melhor nisso que você, eu não estou no alto comando à toa.
– Exato, você chegou agora, não faz ideia do que foram as últimas semanas, não esteve ao meu lado, não tem as informações que eu tenho. Você é bom nisso, eu sei, mas também sei o que estou fazendo. Nós vamos para Salvador, conversarei com Igor, e seguiremos para San Paolo. – Sam falava firme, mas num tom baixo, ainda cabisbaixa.
Mike aproximou-se com passos agressivos, atirando a toalha na cama.
– Mas que merda, Sam! Não discuta comigo, você tem o dever de me ouvir, eu sou seu superior!
-Não, não é! – Sam levantou-se, o encarando enfurecida. – Aqui você não é meu superior, entre essas paredes você não é superior a ninguém! Você pode guiar o carro se quiser, mas vamos pela rota que eu já havia traçado.
Mike, ainda assustado com seu rompante, a fitava boquiaberto.
– Estamos brigando no nosso primeiro dia juntos. É isso que você queria? Parabéns. É isso que eu mereço depois de ter vindo correndo para este fim de mundo para te ajudar?
– Não, não quero brigar com você… – Sam se recompunha, agora confusa.
– Ótimo, então vamos recomeçar esse dia, vou me vestir e desceremos para um café da manhã em paz. – Mike voltou ao banheiro.
– Eu já estou pronta, vou ajudar Theo e te encontro no café.
– Você vai me abandonar aqui para ir mimar aquela cega?
Sam deu um suspiro profundo, hesitante.
– Sam?
Ouviu-se apenas a porta do quarto se fechando.
Sam bateu na porta de Theo, deixando a mão espalmada, com desânimo.
– Quem é? – Ouviu-se através da porta.
– Sou eu, abra.
– Eu quem? – Theo respondia jocosamente.
– Eu não estou para brincadeiras hoje, Theo.
A porta abriu-se segundos depois.
– Bom dia, oficial! – Theo a cumprimentou sorridente.
Sam a fitou surpresa, fechou os olhos com força, segurando sua vontade de abraçá-la.
– Bom dia para você também.
– Não estou atrasada, estou?
– Não. Vejo que já está pronta, muito bom, nada como a necessidade.
– Tem algo do avesso?
– Não que eu tenha percebido, talvez a calcinha esteja, mas isso ninguém perceberia, então tudo bem. – Sam riu, o clima pesado se evaporava.
– Você está sozinha. – Theo se dava conta.
– Estou, Mike vai descer daqui a pouco. Vamos para o café?
– Sim, só vou pegar o casaco para esconder minhas tatuagens afrontadoras.
Theo voltou já vestindo seu casaco verde musgo, um casaco militar sem as insígnias.
– Nem me fale em tatuagem… – Sam resmungou, levando Theo pela mão.
– Mike odiou?
– Vou ter que remover.
– Você está brincando, não é?
– Não… – Sam respondeu de forma entristecida, já entrando no elevador com Theo.
Theo abriu a boca, ensaiando falar algo, mas desistiu.
– Ok, não vou me meter no relacionamento de vocês. – Por fim falou.
– E então, se virou bem sozinha?
– Tome, veja se você encontra o número do quarto em alto relevo. – Theo colocava seu cartão de acesso na mão de Sam.
– Não, não tem nada. Como você encontrou?
– Meu novo amigo me ajudou.
– Quem?
– Theodore, meu xará.
– E quem é Theodore?
– Alguém solícito que encontrei numa de minhas viagens de elevador ontem.
– Desculpe, eu deveria ter levado você ao seu quarto…
– Relaxa, Mike estava com pressa, eu entendo. Por falar nisso, teve tempo para dormir essa noite? – Theo perguntava com um sorrisinho cínico.
– Ãhn? Ah… Sim, tive tempo. Pronto, chegamos ao refeitório, vamos direto ao café.
– Essa é a minha garota.
Sam olhou para os lados preocupada.
– Não fale essas coisas. – A repreendeu.
– Mike chegou?
– Não, mas não fale esse tipo de coisa.
– Mas não foi com esse sentido, eu estava brincando.
– Nem por brincadeira, entendeu?
– Theo! Que bom te ver novamente! – Theodore aproximou-se.
– Bom dia, Theo número dois!
– Por que eu sou o dois? Não definimos isso ainda.
– Sam, esse é o Theodore, o gentil rapaz que me ajudou ontem.
Theodore cumprimentou Sam animadamente, que pareceu não gostar da presença dele.
– As senhoritas gostariam de dividir a mesa comigo?
– Não, vou tomar café com meu noivo. – Sam respondeu rispidamente.
– Eu aceito. – Theo respondeu enfática.
– Esse cara está incomodando vocês? – Mike surgiu, interpelando Theodore.
– Não, é meu amigo. Theodore, esse é o condecorado major Mike. – Theo falava.
– Prazer em conhecê-lo, Mike. Tenho um tio que serve no exército da Nova Capital também, é uma grande honra, não?
– Eu defendo o exército europeu. – Mike respondeu de bate pronto.
– Ah, perdão pela confusão.
– Sam, já se serviu? – Mike virou-se para sua noiva.
– Estava pegando o café para mim e para Theo.
– Ela não sabe pegar o café sozinha?
– Theo, que tal eu te servir na minha mesa? Sente-se lá e eu levarei um prato enorme para você. – Theodore se oferecia, de forma gentil.
– Não quero abusar de sua boa vontade.
– De forma alguma, venha. – A conduziu pela mão até sua mesa, seguiram sob a observação incrédula de Sam.
– Ótimo, um peso a menos. Hum, esse bolo parece bom. – Mike disse, já servindo seu prato com uma fatia do bolo.
Sam ainda olhava na direção da mesa deles, sendo interrompida por Mike.
– Quem é esse cara inconveniente?
– Theodore, um amigo que Theo fez aqui no hotel.
– Cliente?
– Não, ela o conheceu aqui.
– Aposto que dormiu com ele. Uma vez prostituta, sempre prostituta.
– Pare com isso, Mike. – Sam começava a se servir, tinha o semblante fechado e uma sensação ruim corroendo seu estômago.
– Não estou falando nada demais, a garota pode estar fazendo seu pé de meia aqui, aproveitando que estamos lhe pagando hospedagem em hotel bom, cheio de clientes em potencial. – Mike sorriu, gesticulando com o garfo.
***
– Como conseguiu esse carro? – Mike perguntou, já dirigia a caminhonete azul.
– Ãhn, comprei na Zona Morta, os carros lá são tão baratos. – Sam respondeu sem segurança.
– Estou pensando em comprar o carro do Brian, ele disse que me faz um bom preço, e o carro dele está ótimo, nem parece ter dez anos.
– Seu irmão vai trocar de carro?
– Não, ele está vendendo o carro por causa da gravidez de Rita, é difícil sustentar mulher e três filhos nos tempos de hoje.
– Eu sei, se Lindsay não tivesse dois empregos estariam encrencados.
– Alguém poderia fechar um pouco a janela? Tem vento demais aqui atrás. – Theo reclamou, estava sentada num canto do banco de trás, que dividia com a caixa de primeiros socorros e a de mantimentos.
– Mude de lugar. – Mike respondeu.
– Para onde?
– Se vire.
– Minhas alternativas são a caçamba ou seu colo.
– Você é bem atrevida para uma cega que depende de nós.
– Eu não dependo de você.
– É mesmo? E se eu parar o carro aqui e mandar você descer? – Mike freou abruptamente. – Você acha que duraria mais que algumas horas? Agradeça a Deus por ter pessoas lhe dando o que comer e onde dormir.
– Agradeço apenas à Samantha.
– Pois é bom começar a ser mais humilde, não vou tolerar insubordinações.
– Você está insinuando que sou subordinada à você? Seu pelotão ficou lá na Zona Morta, não sou subordinada a ninguém, por que seria sua?
– Porque sou homem.
– E eu com isso?
– Theo, pare. – Sam pediu. – Pronto, fechei minha janela.
– As janelas ficarão abertas. – Mike abriu as janelas. – Não ouse fechá-la novamente.
– Ok. – Sam respondeu.
Theo exasperou de raiva, mas preferiu encerrar a discussão.
Passava das duas da tarde e não haviam parado em lugar algum ainda, Theo quebrou o silêncio.
– Mike, não encontrou nenhum lugar para almoçarmos ainda?
– Eu refiz a organização dos horários e paradas, vocês estavam perdendo muito tempo com paradas desnecessárias.
– E?
– Não haverá mais parada para almoço, a única parada do dia será as três da tarde, de quinze minutos, apenas para uso do banheiro. Depois as oito da noite para jantar e dormir.
– E ninguém come nada nesse interim?
– Tem coisas dentro da caixa de mantimentos, vamos nos virar com isso.
– Samantha tem gastrite, não pode ficar muito tempo sem comer. – Theo reclamava.
– Amor, você se vira com o que tem na caixa?
– Sim. – Sam respondeu.
A apatia de Sam estava evidente no início da noite, trocava algumas poucas palavras com Mike, que contava como haviam sido os dias no quartel no tempo em que Sam esteve ausente.
– Podemos ficar em algum lugar abandonado, com um mínimo de segurança. – Sam disse, ao ver Mike entrando no estacionamento de uma pousada.
– Eu não durmo em lugares abandonados, preciso de uma cama de verdade depois de dirigir o dia inteiro, é cansativo.
– É, eu sei que é cansativo, eu dirigia todo dia até às dez.
– Por que você não colocava sua amiga para dirigir? – Mike riu. – Ah, lembrei que você não enxerga.
– Eu dirigi uma vez, na fronteira com o México. – Theo retrucou.
Sam sorriu, completando.
– Em zigue-zague, mas dirigiu e nos passou pela aduana.
– Ok, peguem suas coisas, vou lá buscar as chaves. – Mike disse, saindo do carro.
Mike saiu na frente, deixando as duas para trás, pegando suas bolsas.
– Aqui, tome sua bolsa.
– Agradeço se puder me orientar a chegar ao meu quarto. – Theo dizia, em tom formal.
– Eu levo você. E pode me chamar de Sam na frente de Mike, ok?
– Ok, oficial.
– Não, oficial não. O que é uma pena, porque eu gosto quando você me chama assim. – Lançou um olhar sofrido para Theo, ambas estavam paradas ao lado do carro.
– Eu posso te chamar quando estivermos a sós.
– Melhor não. Vem.
Enquanto se aproximavam da entrada da pousada, puderam ouvir uma discussão acalorada ocorrendo lá dentro, era possível ouvir Mike discutindo em voz alta.
– Eu chamarei a polícia se você não expulsar estas duas vagabundas! – Ouviu-se Mike berrando.
– Theo, não se meta nisso, ok? – Sam orientou antes de subir os degraus que davam na porta de entrada.
– Tentarei. – Theo respondeu, soltando seu braço.
Lascívia: s.f. Comportamento de quem apresenta uma inclinação para os prazeres do sexo. Luxúria; tendência para a lubricidade, para a sensualidade exagerada.
Só uma coisa a declarar, tenho ódio mortal desse Mike!
Ah, outra coisa, parabéns prezada autora, muitas felicidades e sucesso sempre!
Bjão
Ah, adiantei um pouquinho os parabéns pq muito provavelmente estarei sem internet e sofrendo de uma baita crise de abstinência sofrendo longe do mundo virtual!
Vc foi provavelmente a primeira a me felicitar, eeeeeeeeee!!
(a internet já voltou, né?)
Muito obrigada pelos parabéns! 😉
Gente???????? Eu não sei nem o que dizer.
Mike extrapolou o nivel do meu ódio, que eu já não sei nem mais o que pensar dessa persona.
Aff que ódio desse Mike..Theo vai sofrer um bocado na mao dele..e Sam entao nem se fale… ele quer que ela seja submissa..e ela morre de medo dele.. Ah e parabens desde de ja muitas felicidades,saude e amor…bjs
Esse Mike é um mala, sabe o que é pior, vejo mulheres como Sam todos os dias, a cultura é foda, as mulheres são condicionadas a posição de submissão e quem não se enquadra é errada, uffa já acabei o discurso feminista. 🙂
Estou adorando a história, comecei de ler antes de ontem e já estou esperando o capitulo 23, não costumo fazer comentários, mas me senti na obrigação de congratulá-la pela bela escrita.
Olá Izabela!
Adorei seu discurso feminista, é exatamente esse tipo de reflexão que quero causar em quem ler 2121, a comparação com a sociedade atual e os absurdos por quais passamos. Tanto a Sam quanto o Mike são inspirados pelas pessoas ao meu redor, por coisas que sempre ouvi, quero que os leitores se conscientizem e parem de propagar o discurso machista que ouvimos desde criança.
Agradeço seu comentário, espero que retorne outras vezes, vem bater um papo 😉
Beijos!
Eu estou tentando em minha leitura dar o benefício da dúvida pro Mike, mas acho que eu estava pensando baseada no ator inspiração em Magic Mike…hehe
Pois é, que grosso gente.
Pensei que ele só ia ser seco, ríspido, por causa de sua formação e sua falta de visão de mundo, mas estou enganada, estou vendo. Pena, mas já comprei um leite de magnésia pros próximos capitulos!
Não quero falar nada sobre a Sam hoje.
Gio, desculpe, mas sempre dou risada quando vejo seu avatar pornográfico (às vezes enxergo o monstrinho mostrando a língua).
Achei legal a forma como Mike está surpreendendo os leitores, ele é bem pior do que as pessoas imaginavam, e isso é engraçado, pq eu sempre soube que ele era um babaca muito babaca, ele foi feito assim, mas a descoberta aí do outro lado está se dando agora.
Ele é muito babaca, só para deixar registrado. Mais ainda do que já mostrei.
No capítulo 25 ele vai fazer uma das coisas que mais tenho ojeriza.
E então, já se sente pronta para falar sobre Sam?
E pra encerrar, obrigada de novo, pelo presente mais que especial 😉
Beijos!
Vou comentar aqui só pra dizer: não tem de que 😀 e pra apontar pra baixo o avatar da Izabela, que é tão pornográfico como o meu, acho que eles compraram os acessórios no mesmo sex shop, cor, tamanho e formato…rsrs
E sobre Sam acho que falei no outro comentário!
Beijos!
“Tão pornográfico quanto o meu”, ficou meio feia a outra estrutura.
Ok. Tava na hora de Theo dar um jeito de sair da companhia de Sam a deixando passar momentos insuportáveis com esse noivo mala. Esse Mike é uma peste, mas Sam pisou na bola também, essa apatia e submissão em relação ao noivo já era de se esperar, agora abandonar Theo à própria sorte num lugar desconhecido foi a gota d’água, falta de consideração. Deveria ter pensado no que a garota fez por ela durante a viagem. Essa ajuda no elevador deveria ter vindo de uma garota e de preferência que tivesse a mesma linha de pensamento e ideais de Theo .
Oi Mayza!
Finalmente Theo arranjou um amiguinho, ele vai ajudá-la a ficar longe desse casal pé no saco.
Então, passou pela minha cabeça que o amiguinho do hotel fosse uma garota, mas por motivos que não posso explicar agora para não dar spoilers, teve que ser o Theodore. O que nao evitou que Sam sentisse ciúmes também.
Ciúmes é algo que será trabalhado de uma forma diferente em breve.
Obrigada por comentar!
Beijinhos!
Apercebo-me, com muito pesar, que estou a “desapaixonar-me” da Sam. A falta de amor-próprio e a absurda submissão chega a roçar o deprimente. O meu saco de vómito encheu e transbordou.
Em pleno ano 2015, só consigo conceber a ideia de existir alguém assim se houver algum tipo de violência física ou psicológica grave. Caso contrário, um comportamento desta natureza é impensável.
A minha bola de cristal, aquela que prevê um maravilhoso e fantabulástico futuro para mim, alerta-me de que não vou querer viver no ano 2121, decididamente, não será um bom ano para mim… não vou querer reencarnar em nenhuma das personagens desta história…. (humm, tem a Theo, eu sei, mas eu sempre fui apaixonada pela Sam, não consigo traí la…). Então, autora, ou introduz, nesta historia um lindo cãozinho rebelde que saiba ladrar de forma sexy (pode ser uma gatinha de olhos verdes), para eu poder reencarnar, ou a minha existência terminará tragicamente no ano 2120……rssss
Obviamente, continuo apaixonadíssima por esta história e doida para ler os seguintes capítulos…(quanto à Sam, daqui a pouco passa a raiva e eu volto a gostar dela, porque quando o amor é forte não se deixa de gostar de um momento para outro, mas ela que não abuse….). Obrigada, mais uma vez, por essa inspiração fora de série e bom fim-de-semana (este será especial).
Oi Cris! Nossa, eu esperava que Mike fosse um pé no saco, mas ele chega ao nível de detestável. Como Sam aguentou todos esses anos com ele? Ele sempre fora assim? Egoísta, insensível, maledicente, déspota, hipócrita…? O que a Sam viu nele? Ela dizia gostar dele, mesmo sem a influência da química… E por que ela tem medo? Será que Mike é um cara violento? Ou será que tem alguma coisa a ver com o incidente que aconteceu com ela na adolescência? Vai ver a influência da religião na vida dela foi tão forte que ela acha que temer significa amar… Ela teme a um Deus no céu e a um na terra…
Estou curiosa com relação a uma coisa… Mike sabe que Sam é procurada pela polícia? Foi o exercito que colocou o carimbo de procurada na testa dela? Se sim, o que são exatamente esses sentinelas? Algum tipo de polícia internacional? Ou são um tipo de instrumento usado pelas diferentes polícias do mundo? O exército europeu contactou as autoridades da Nova Capital a respeito de sam? Foi isso?
Ufa… Já chega de interrogações por enquanto… Hehehe.. Tá vendo o nó que a senhorita faz na minha cabeça? Estou super ansiosa pelo próximo!! Quando você vai postar?
Um beijo
PS: Theo pode ser limitada pela cegueira, mas quem está realmente enjaulada é a Sam. Tenho pena dela. :/
Mas eu gostei de Sam batendo o pé , dizendo que vão pra Salvador e ponto final! 😛
Nem tudo está perdido, ela ainda tem salvação… Quem sabe Salvador a salve né… (OK, trocadilho horrível) rsrs
Tá tocando Radioactive na rádio, pera um pouco.
Ok, agora sobre seu trocadilho, realmente foi infame.
Olá minha cara Marília!
(ficou bem mais legal falar com vc agora, depois de “conhecê-la”)
Sobre Mike, bom, ele foi evoluindo sua babaquice, quando Sam o conheceu, ele ainda engatinhava neste quesito.
Existem milhões de homens como Mike no mundo atual, e a grande maioria tem namorada, noiva, ou esposa. Ou seja, tem quem aguente esses caras, Sam aguenta. Até porque aos olhos da sociedade dela, do pai, e da igreja, Mike é um homem exemplar, sempre foi colocado em sua cabeça que ela estava fazendo um ótimo negócio, que tinha dado sorte grande de conseguir um cara como ele. Theo é a primeira pessoa que ousou dizer o contrário, imagine o choque para Sam? “Como assim Mike não é o homem perfeito para mim??”
O incidente da adolescência ganhará flashback. Já estou pesquisando no Google outros antiácidos para você, já que tens alergia à Sonrisal.
(Achei legal sua colocação “Ela teme a um Deus no céu e a um na terra…”, muito boa!)
Ok, vamos às dúvidas: Mike sabe que Sam é procurada pela polícia, ela é desertora, portanto é criminosa perante a justiça europeia. Os sentinelas pertencem ao governo da Nova Capital, mas existe um acordo entre as nações para caçar procurados, ou seja, a justiça da Nova Capital também a procura, para que seja extraditada à Europa. Mas como você pode perceber, não é algo que eles se esforcem muito, os sentinelas apenas dão voz de prisão para todos que estão no banco de dados de procurados, não há esforços reais em caçar uma estrangeira criminosa.
Porém… Bom, nos próximos capítulos vocês perceberão que dentro do território brasileiro as coisas vão mudar um pouco de figura, os dedos coçam para explicar o que vai acontecer, mas acredito que você não queira spoilers, não é mesmo? xD
Ok, só vou dar uma pista: sabe as cores da bandeira da união europeia? Fique atenta.
Perguntas bem pertinentes, me fizeram dar conta de algumas coisas. [emoticon de mão no queixo]
É verdade, Theo “enxerga” muito mais que Sam…
Beijos!
Como alternativa ao Sonrisal, sugeri boldo, também tem losna e infalivina, mas essa última eu recomendo que se mastigue, tipo as folhas de coca, o chá não é tão efetivo. 😀
Mas só tome chá de boldo se você pertencer à um signo do fogo ou ar.
nossa esse Mike é um nojento e a Sam estou desconhecendo e ficando com raiva dela também… e que venha o 23
Ada, vamos exercitar a paciência mais um pouco? Feche os olhos, faça a posição de lótus, inspire devagar, expire devagar…
também vou adiantar parabéns Cristiane muitos, milhares anos de vida e obrigada por esse presente que vc vem nos dando com suas historias maravilhosas…abraço!!
aeeeeeeeeeeeeeeeeee brigada!!
Eu que agradeço a leitura 😉
Sam….Sam….theo…theo…..e o corno do Mike decpção demais dias melhores virão.Desejo a vç mtas FELICIDADES e longas primaveras bjos
Super odiei esse Mike! Cara sem noção. Mas super amei o Theo dois! Queria que a Theo e eles ficassem amigos e a Theo não importunasse mais o casalzinho. Affs. Única coisa boa desse cap foi o Theodore! Rsrs. A Theo tem que deixar a Sam com o Mike. Pq vai ficar muito chato ela aguentando o pé no saco do Mike (muito ódio dele)
Oi Loren!
Theo 2 está ficando amiguinho de Theo 1, para desespero de Sam.
Bom, tudo tem limite, a paciência de Theo também, então… Ela vai dar um basta, merecidamente.
Beijos!
Ahhhhhhhhhh!!!! Que cara mais imbecil!!!!!! GRrrrrrrr
Odiei mike… Sam, coitada dela… Amando a Theo…
Ah que isso, Mel, Mike é uma flor de pessoa.
Parabéns…
Brigadinha!!
Que homem chato é esse noivo da Sam não só chato mais também, mesquinho e maldoso me surpreendi esperava que ele fosse conservador e machista não mau caráter como ele esta se mostrando. Por enquanto só estou com pena da Sam mais acho bom ela não demorar muito a chutar o pau da barraca e de preferencia com o Mike dentro rsrsrs
Também vou antecipar os parabéns muita saúde,sucesso, felicidades e muita luz bjs
Olá Tereza!
Percebi que estão se surpreendendo negativamente com Mike, bom, eu já sabia que ele era beeeeeem babaca, mas fico feliz em causar esse espanto com suas atitudes. Lembrando que o que está ruim pode piorar.
Percebo Sam perdendo os membros do seu fã-clube a cada capítulo… rs
Obrigada pelas felicitações!
Beijos
Que vontade de dar uma surra de gato morto a te que ele mie nesse imbecil do Mike.
Sam precisa tomar uma atitude, não pode continuar abaixando a cabeça desse jeito.
Oh raiva!
Abraço
Finalmente tirei um tempo para ler!! Ontem cheguei tão cansada q dormi as 20:00, eu acho, e só acordei as 07pq tinha fome, dps tive q ajudar Vero c o teto e dps estudei um rs, enfim!
Que falar dese capítulo, vejo q o Mike é bem odiado rs.Ele é bem autoritário né, acha q ainda ta no exercito, que por ser homem pode mandar e diminui as pessoas. .engraçado q ele diz ser bom, mas n se importa c as pessoas .Deixou Theo se virar so pq pra ele, Theo é prostituta.Mas Deus n é bom e ensina q devemos tratar todoa por iguais? Engraçado ele rs.
Sam se relaciona c Theo quase da mesma forma q Mike c ela.N pq ela quer..oo ambiente faz c q ela seja mandonnana tb e agressiva, de certa forma. .mmas c Mike ela é submissa e n entendo ja q ela n ama ele da forma comp deveria, n necessita dele..aassim q n entendo essa dependência emocional q faz c q deixe q a pessoa q ame ssja maltratada. .sseria los mesmos fatores psicológicos q leva uma mãe deixar q seu filho seja eapancado pelo pai?
Mas Sam ta perdebdot a paciência e amo Theo q n liga pra nada e realmente so relaxa ppr causa de Sam..rs
Q história é essa dele dizer pra onde vão. .ele adoro se sentir n podeer.Ele é tao bom estrategista q Sam ta aí ppr causa dele kkkkkk.Pkkkkkk . Parabéns Mike!
Ja q ele foi bastante elogiado nem preciso elogiar né? kkkkk
Vamos esperar O próximo capítulo. ..qr q Theo responda mais rsrs.Mrsrs.Mike tem ver outras realidades…eele sabe q Sam responde assim dps q esteve c Theo e vai fazer algp a respeito. .
Otimooo capítulo como sempre! ! Seua textos sempre uma bênção….
Beijinhos
Oie Lai!
Continuando a saga de respondimento de comentários!
Você tá sumida, imagino que os estudos estejam consumindo seu tempo, não só dentro da sala, acertei?
Esse é o ponto do significado de Mike na história: a hipocrisia. Ele se diz um homem de bem, temente a Deus, e trata as pessoas ao redor como lixo, é exatamente esse tipo de choque que quero causar, e você definiu bem. Para ele Theo é inferior, por ser quem é, por ser “pecadora”. Aos olhos dele, quem não se encaixa no seu conceito deturpado de “bom”, é inferior, é menos que ele.
E são tantas pessoas ao nosso redor que agem assim, aquelas que te cumprimentam na igreja, desejando “paz de Cristo”, mas são seres mesquinhos no dia a dia, é tanta gente assim…
Hum, boa pergunta essa sobre os motivos de Sam se submeter à Mike dessa forma tão humilhante e permissiva. Fiquei aqui olhando pra tela pensando nos motivos, são vários. Basicamente ela enxerga Mike como o marido perfeito, o homem perfeito diante da sociedade e da religião, tem medo de perdê-lo e nunca mais encontrar outro homem “de bem”. (Lembra de Mike xingando Maritza de solteirona? Ela morre de medo de ser uma “solteirona”). E tem outros motivos, um bem forte (talvez o mais forte de todos), que conheceremos no capítulo 25.
Acho que estes capítulos polêmicos estão sendo os mais ricos, eu estou adorando a discussão que estão trazendo a tona,. eu sinto que estou tirando vocês da zona de conforto, e isso é ótimo.
Obrigada por me dedicar seu tempo para ler e analisar essa loucura… rs
Beijos!!
Boa Semana, Cristiane!!!
e que venha mais cap de 2121!!!
abraço!
Uma ótima semana para vc tb!
Vem sim, eu viajo sábado e até lá postarei o capítulo 23.
Beijos!
Morri só com o título do capítulo. Quando eu vi, demorei uns segundos para me preparar psicologicamente para o que viria. E só posso dizer: Ai que raiva da Sam, qdo penso que chegou o seu limite de idiotices, ela sempre nos surpreende (negativamente). Quanto ao Mike ele é um FDP, e olhe que não chamo palavrões, mas meus princípios não acompanharam minha mente, e qdo percebi já tinha gritado, em pensamento, mas não fiquei com remorso, ele mereceu a exceção. Concordo com Renata Hupsel em dar uma surra de gato morto em Mike, mas acho que a Sam tbm merece. Gostei da aparição de Theodore para deixar a Sam com ciúmes, e espero que ela tenha bastante.
ps: Parabéns (novamente) pelos vinte cinco anos, desejo que sua vida seja cheia de felicidades e repleta de inspirações.
Só pra avisar que xingamento tá liberado.
É… Ela vai comer o pão que o Diabo amassou ao lado de Mike, mas a passividade de Sam é o que mais tem magoado Theo, talvez isso seja irreparável.
Obrigada pelas felicitações!
Minha cara amiga madeirense! (é madeirense que se fala?)
Sei que não deveria me manifestar desta forma, e inclusive prometi que não faria isso, mas farei apenas com você porque acompanho desde o início o voto de confiança e o carinho que você tem por Sam, então, tentando não dar spoilers, peço que prolongue seu voto de confiança pela nossa tenente. Acredite, eu não sinto nada de bom escrevendo estas cenas onde Sam é tão submissa. Assim como Theo, eu odeio vê-la nesta posição, confesso que ela está se saindo pior do que o planejado, mas mantenho minha agora pequena chama acesa. Ela passará por provações, de todos os tamanhos, ao final pedirei que me digas teu julgamento, e daí sim me conformarei com qualquer julgamento negativo que você vier a fazer. Por enquanto apenas lhe peço um pouquinho de paciência.
Ok, essa foi a única exceção, não a defenderei mais, Sam terá que reconquistar a confiança por conta própria a partir de agora. 😉
Já tentei encaixar a inserção de um cachorrinho ou gatinho nesta história, mas não consegui. Quem sabe na segunda fase. Então talvez você reencarne em Sam, Theo, ou até mesmo Mike ou Lindsay. Sinto muito.
Eu que agradeço sua leitura e seus comentários tão ricos.
Beijos!
Por falar em animalzinho, você leu A Lince e a Raposa?
Imagina se Mike escuta você o chamando de corno?
Obrigada pelos parabéns! o/
Vai piorar, então faça suas apostas: qual a próxima grande merda que ele vai fazer?
Olha, vc mora aqui perto!
Se eu desenvolvesse games, criaria um joguinho para bater com um gato morto em Mike.
E Sam… Bom… Respire fundo.
Às vezes o título entrega o que vem a seguir né?
Você nem imagina minha cara quando escrevo essas cenas asquerosas, e depois relendo então? Sério, eu chego a fazer pausas quando releio certos trechos, solto vários 'affff'.
Fique a vontade para xingar, é bom para desestressar, e esse blog é área livre para palavrões.
Vc leu A Lince e a Raposa? Pensei em chamar Vivian para dar uma surra de gato morto neles.
Nem é spoiler falar isso, Sam terá ciúmes de Theodore sim.
Obrigada pelos parabéns! E não sei se vc estava brincando ou falando sério, mas eu estava zoando com aquela vela de 25 anos, fiz 25 na década passada… rs
Beijos!
Cristiane Schwinden vai socar ou abandonar a Sam pra que ela morra
Cris, já li sim a Lince e a Raposa. Na verdade, já li e reli algumas vezes, pq sou muito apegada a Anna e a Jennifer e qdo bate a saudade, não resisto e volto a ler. Tbm já li A aposta, e gostei muito, acho inclusive que deveria haver uma continuação. A Vivian seria realmente a pessoa mais indicada para dar uma surra em Mike, isso seria tão reconfortante. kkkk Quanto aos 25 anos, era brincadeira mesmo.
Cristiane Schwinden Obrigada! O seu comentário fez uma madeirense muito feliz. Esta fase de “luto” pela Sam estava a deixar-me muito deprimida e a possibilidade de ressuscitá-la (se é que alguma vez consegui enterrá-la) deixa o meu coração mais leve para esperar pelos próximos capítulos.
Já li (devorei é o termo mais correto) A Lince e a Raposa e adorei….sou totalmente viciada na sua escrita. Quando consegui deixar de fumar pensei (ingenuamente) que estava livre de vícios, mas na época ainda não a “conhecia”. Hoje, assumo a minha total dependência por tudo aquilo que escreve. Os meus pulmões agradecem este meu novo vício, já o meu coração….não diz o mesmo …….rsssssssssss….…. Um grande beijinho para si e boa semana.
Moro na região metropolitana de salvador.
Adorando sua historia
A Aposta tem continuação prontinha dentro da minha cabeça, pretendo transformá-la em romance sim, mas a data para isso… Só Deus sabe…
Se 2121 se passasse na mesma época de A Lince eu traria Vivian sim, até porque não temos certeza se ela morreu mesmo.
Poxa, eu estava tão feliz achando que você havia acreditado que eu tinha feito 25 anos… ahuahuaha
Ana Sofia Gomes Que bom que o luto por Sam passou, mas nem vou falar muito porque ela ainda vai fazer outras merdas, então…
Gente, que linda sua comparação! Fico feliz em saber que minha escrita é um vício bom, e que você abandonou o cigarro, mantenha-se longe dele, e se precisar de mais textos meus para que mantenha-se afastada do cigarro, então escreverei mais ainda! rs
Perguntei se vc havia lido A Lince pq na segunda fase talvez tenhamos um animalzinho de estimação.
Beijos!
Aqui o conto está completo, ótimo 😀
Adoro 2121, é um capítulo melhor que o outro!