Stephen King dispensa apresentações, o cara já vendeu 350 milhões de cópias de seus livros, e dezenas deles viraram filmes, é bem provável que você já tenha visto pelo menos um filme baseado em sua obra.
Traduzo livremente aqui as 20 regras para escrita ditadas por ele, mas como em qualquer lista de regras, elas podem ser quebradas e não necessariamente precisam ser levadas à risca, até porque quem mais entende do seu livro, é você mesmo.
- Primeiro escreva para si mesmo, e só depois se preocupe com o público.
“Quando você escreve uma história, você está contando a si mesmo a história. Quando você reescrever, seu trabalho principal é tirar todas as coisas que não são a história. “ - Não use a voz passiva.
“Escritores tímidos gostam de verbos passivos, pela mesma razão que os amantes tímidos gostam de parceiros passivos. Porque a voz passiva é segura. “ - Evite advérbios.
“O advérbio não é seu amigo.”
Esta frase resume bem:
- Evite advérbios, especialmente depois de “ele disse” e “ela disse”.
Esqueceu o que é um advérbio? Eu dou uma refrescada na sua memória: www.soportugues.com.br.
Fuja do “muito”, “bem” e “pouco”. - Mas não seja obsessivo com a gramática perfeita.
“O objetivo da ficção não é a plena correção gramatical, mas dar as boas-vinas ao leitor e, em seguida, contar uma história.” - A magia está em você.
“Estou convencido de que o medo é a raiz da escrita ruim.” - Leia, leia, leia.
“Se você não tem tempo para ler, você não tem tempo (ou as ferramentas) para escrever.” - Não se preocupe em fazer outras pessoas felizes.
“Se você pretende escrever da forma mais sincera possível, os seus dias como membro da sociedade bem educada estão contados.” - Desligue a TV.
“A TV – enquanto você trabalha ou em qualquer outra ocasião – realmente é a última coisa que um aspirante a escritor precisa”. - Você tem três meses.
“O primeiro rascunho de um livro, mesmo de uma longa história, não deve demorar mais de três meses, que é a duração de uma estação.” - Há dois segredos para o sucesso.
“Ser saudável e permanecer casado.” - Escreva uma palavra de cada vez.
“Mesmo se tratando de uma vinheta de uma única página, ou uma trilogia épica como ‘O Senhor dos Anéis”, o trabalho é realizado sempre uma palavra de cada vez. “ - Elimine distrações.
“Não deve haver nenhum telefone no seu escritório, nem nenhuma TV ou videogames para você brincar.” - Mantenha o seu próprio estilo.
“Não se pode imitar a abordagem de um escritor para um determinado gênero, não importa o quão simples o que o escritor está fazendo possa parecer.” - Cave.
“As histórias são relíquias, que fazem parte de um mundo não descoberto pré-existente. O trabalho do escritor é usar as ferramentas em sua caixa de ferramentas para obter o máximo de cada coisa, de forma intacta. “ - Faça uma pausa.
“Você vai se pegar lendo seu livro depois de seis semanas como para um estranho. A experiência é mais emocionante.” - Deixe de fora as partes chatas e mate seus queridinhos.
“(Mate seus queridos, mesmo se isto quebrar o coração do seu pequeno escritor egocêntrico, mate seus queridos.)” - A pesquisa não deve ofuscar a história.
“Lembre-se da palavra ‘fundo’. É aí que a pesquisa pertence: No plano de fundo, o máximo possível no fundo. “ - Você se torna um escritor simplesmente lendo e escrevendo.
“Você aprende melhor lendo muito e escrevendo muito, e as lições mais valiosas de todas são as que você ensina a si mesmo.” - Escrever é para ser feliz.
“Escrever não é para ganhar dinheiro, ficar famoso, ter encontros, fazer sexo e amigos. A escrita é mágica, tanto quanto a água da vida como qualquer outra arte criativa. A água é livre. Então beba. “
Texto original aqui: www.openculture.com/2014/03/stephen-kings-top-20-rules-for-writers.html
Stephen King é o cara…
Depois destas dicas vou ver se começo um projeto de escrita tbm, para aperfeiçoar minhas “não habilidades” em escrever. Sinceramente, isso me motivou muito, vou planejar alguma história e ver se dá certo…
bjo
Olá minha cara Helena!
Quando Stephen King se dispõe a dar dicas, é sempre bom ouvir né? A única dica dele que ‘discordo’ é sobre o prazo de 3 meses para escrever um romance, é humanamente impossível (para mim, pobre mortal que não vive da escrita).
Então vc estava escondendo o jogo? Tb escreve? Eu mais do que super apoio que você escreva sim, e baseada nos seus comentários perspicazes, acho que sairá um texto de qualidade. Acho não, acredito que saia sim.
Olha só quem eu resgatei da minha conta de e-mail? Seu comentário sobre o final da Lince e a Raposa. Eu recebo tudo por e-mail, e o seu comentário, apesar de não estar aqui (foi abduzido por ETs comandados pelo consórcio das sombras), eu o recebi por e-mail. Vou colar aqui abaixo, e logo em seguida respondê-lo, ok?
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Oie, Cristiane, como vai?
Como prometido resolvi comentar agora no fim da história pq eu atrasei na leitura e eu tenho mania de acompanhar as coisas ou só apreciá-las quando terminam, então utilizei essas minhas “férias” para ler atentamente a Lince e a Raposa. Eu gosto de analisar, então vamos às minhas conjecturas:
Adorei a inovação da sua história no abcles, tipo, muito diferente de tudo q tinha lá e além do mais de alta qualidade, bem escrito, trama envolvente, personagens cativantes, fortes e imprevisíveis, muito demais mesmo. A Anna, muito demais, adoro ela, quando crescer quero ser igual a ela. Adorei tbm como vc a imaginou: Kate Beckinsale, estilo anjos da noite misturado com a Ana Valerius de Van Helsing, essa atriz é o máximo, sempre interpreta mulheres valentes, gostei do final com a espada quando ela enfiou no maluco do tio dela, tipo o final de anjos da noite quando a Seline mata o Victor, amei mesmo. A Jennifer meu Deus, que mulher é essa, adorei vc ter escolhido a Katniss como personificação para ela, tipo misturou a arqueira com a Jean Grey. Confesso que nunca gostei muito da Jean Grey, cheia de frescuras, certinha demais, eu era mais a Vampira, mas a Jennifer seria provavelmente meu x-men favorito. Meu coraçãozinho quase para em algumas partes, mas ele voltou a bater forte no final, obrigada por ter compartilhado sua imaginação e experiências em uma história tão fascinante.
Sabe, adoro referências, parece um desafio a inteligência e ao conhecimento do leitor, sua história tem muitas, diversas não entendi ainda, tipo o capítulo da capa amarela, fico pensando de onde vc tirou isso. Mas acho que entendi o capítulo Vermelho, tipo a primeira coisa que lembrei foi de cinquenta tons de cinza, aquele código dos sadomasoquistas para quando a coisa sai do controle, teve o capítulo o irmão do campo de centeio, com referência ao J.D. Salinger. Eu queria que vc tivesse incluído zumbis, mesmo que não fizesse sentido, pq sei lá, amo zumbis de paixão, são os meus monstros favoritos, imagina se a Umbrella se envolvesse nesse universo que vc criou… nem sei… bem poderia passar horas discursando sobre sua história… mas tudo tem um fim né… bjão e espero ler outra história cativante sua..
Sua Fã 🙂
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Corei quando li pela primeira vez seu comentário, estou corada novamente, ao reler. Obrigada pelos elogios e impressões, mesmo, mesmo, de coração.
Confesso que não sou leitora assídua do AbcLes, ao todo comecei a ler 5 histórias lá, apenas duas me prenderam e continuo acompanhando. Mas pelo que pude perceber (principalmente lendo as sinopses, adoro ler sinopses), é que a maioria é mais do mesmo, elas são muito parecidas. Quando comecei a postar A Lince lá, eu tinha certeza que seria um fracasso total em número de leituras, porque fugia muito da ‘fórmula’ AbcLes. Mas aos poucos acho que as leitoras acabaram cedendo à resistência de algo diferente e tive um retorno muito positivo, já passou das 100 mil leituras, e confesso que isso me deu um gás importante.
Já Amigos de Aluguel, que tb tem uma fórmula bem diferente do AbcLes, não caiu nas graças, quer dizer, talvez tenha chocado demais quem estava acostumada com a historinha básica de duas sapas que se estranham no início e depois ficam juntas. Talvez eu tenha ousado demais, mas não mudaria uma vírgula do que escrevi por conta disso.
Tá soando desabafo né? É que vc costuma me entender bem.
Ok, voltando à Lince, putz, Kate Beckinsale é maravilhosa, sou suspeita para falar pq tenho um grande crush nela, mas é bem como vc falou, Anna é uma cruza de Selene com Anna Valerius (só depois que me dei conta da coincidência do ‘Anna’).
De tanto Jennifer falar que era um X-men, já podemos considerá-la como uma mutante oficial né? E juro, tb foi coincidência a atriz se chamar Jennifer, mas caiu como uma luva pra minha Jennifer.
Vc foi a única pessoa a tocar no assunto referências, e realmente meu texto tem muitas referências, toneladas de referências propositais e inconscientes.
Tem coisas que realmente não tem uma referência bem definida, o capítulo da capa amarela, além de Jennifer ser fã de super heróis, foi inspirado numa cena do filme Quatro Mulheres e um Destino, que influenciou várias coisas da minha história, é uma filme besta da década de 90 mas que sou fã, no filme a protagonista é surrada e depois enquanto se recupera usa uma espécie de manta num tom ocre. Esse filme tb inspirou a cena do penúltimo capítulo, quando o vilão atira na refém pelas costas, no filme tem uma cena bem parecida.
Gente, zumbis no meio daquelas duas não ia prestar hauhauhauhua Anna ia enlouquecer com tantas ameaças, mas fica a sugestão, quem sabe eu acabe os colocando numa outra história, até pq minha próxima será ficção científica.
Eu tinha feito uma lista de referências para postar aqui quando postasse o último capítulo, juntamente dos números da história, mas na última hora acabei cortando, achei que estaria ‘entregando demais’, mas tá salvo aqui e vou te listar:
– Dos quatro últimos capítulos, três tem nome de episódio de Arquivo-X (Jogo de gato e rato, Fim de jogo e O campo onde eu morri)
– William também é uma referência à Arquivo-X, é o nome do meio do Mulder.
– Susan, Helen, Vivian e Robert são personagens de livros da Sarah Waters.
– Marianne é o nome de uma música da Legião Urbana (na verdade a música é Mariane).
– Victor e Alexander são personagens dos filmes Underworld.
– Jim, Caroline e Sharon são integrantes da banda The Corrs.
Tem outras, um pouco mais veladas, mas essas são na verdade homenagens à coisas que eu gosto.
Obrigada mais uma vez por acompanhar minhas histórias malucas, e quando vc tiver algo escrito, adoraria ler.
Bjão!